Crônica da premonição? Edna Domenica Merola
Relendo
uma de minhas postagens do blog Netiativo, me deparei com um comentário
(infelizmente de alguém que não se identificou) e de minha resposta à pergunta
feita pelo (a) Unknown. Segue:
Edna Domenica Merola 20 de setembro de 2019
12:54 Nunca na
história desse país foi tão inadiável repensar a vida. Se vale a pena, depende
se vamos pensar com a cabeça plena de humanidade ou com a ira disparada contra
o menos favorecido.
Estávamos
em setembro de 2019, e repensar a vida me parecia uma tarefa existencial
a cumprir como dever cívico que considerasse o índice de desenvolvimento humano
e a compaixão. Mas a tragédia fomentada pelas correntes de ódio que assolaram o
mundo, incluindo nosso país, ainda não estava visível a olho nu. Tornou-se
visível quando, em 2020, os governos das maiores potências apontaram que havia
uma pandemia. No Brasil, no entanto, políticos e cientistas continuaram
apartados. Aumentando consideravelmente os atentados à vida, o ocupante do
cargo maior do nosso país percebia apenas a premência de uma gripezinha. Enquanto
nossa comunidade científica não poupava esforços para contribuir com a
sobrevivência da população, surgiram muitos
heróis anônimos do campo da segurança pública, do setor da saúde, do
fornecimento de energia, combustível, abastecimento de alimentos, itens
hospitalares, limpeza, e tantas outras necessidades básicas para a
sobrevivência de sociedades complexas. No entanto, houve perdas de culturas
inteiras pelo falecimento de pessoas que eram sua memória oral.
Obviamente
os excluídos foram os primeiros a perecerem e o eufemismo menos
favorecidos que apliquei em referência a eles em setembro de 2019, hoje, me
parece cruel.
Espero
que o isolamento social sirva de objeto de reflexão para todos.
– Quando
a água bate, atinge a todos – já apontaria o dito popular.
–
Não confie em suas nadadeiras de classe (por mais privilegiada que ela possa
parecer em dado momento histórico), pois vivemos num mundo de impermanências.
Confie no seu poder de reflexão, de discernimento, de inteligência, de
resiliência e transformação. – aconselha A Esperançosa.
Sensível reflexão, Edna..."Não confie em suas nadadeiras de classe (por mais privilegiada que ela possa parecer em dado momento histórico), pois vivemos num mundo de impermanências."...replico aqui a tua construção em sintonia com ela, pois , também percebo que as águas mais aparentemente calmas, espelhadas, escondem redemoinhos traiçoeiros e ferozes. Tempos cínicos, terríveis. (16/08/20)
ResponderExcluir